Portugal é um país de longa tradição vinícola, iniciando sua história com a implantação da vinicultura pelos romanos, há muitos séculos.
Nos últimos anos, com a instalação do Mercado Comum Europeu, o vinho português ampliou sua busca por qualidade e visibilidade internacional, conquistando uma posição merecida pela qualidade e diversidade de seus vinhos.
O país enfrenta a globalização de estilos e preferências de consumo investindo na preservação das características e tradições de seus vinhos típicos, principalmente sua vocação para a mesa.
Portugal possui 13 regiões vinícolas:
Península de Setúbal
Porto e Douro
Távora e Varosa
Tejo
Trás-os-Montes
Vinho Verde
Mapa vinícola de Portugal
A vitivinicultura portuguesa demorou a evoluir tecnologicamente e por muito tempo produziu poucos vinhos de alta qualidade, mas nas últimas duas décadas, como conseqüência do importante desenvolvimento econômico, político e social do país, a vitivinicultura portuguesa experimentou grande evolução, particularmente no campo tecnológico.
Fato importante é que essa modernização foi realizada sem descartar os aspectos tradicionais positivos, como por exemplo, a utilização de variedades de uvas autóctones e tradicionais. Com ajuda da tecnologia, essas castas, que antes originavam vinhos de qualidade inferior, passaram a dar grandes vinhos, aperfeiçoando suas características únicas.
Diversos enólogos portugueses despontam como artistas no cenário mundial, com vários rótulos Top ganhando prestígio internacional e ocupando um merecido espaço no mercado global.
Recentes mudanças na regulamentação impulsionaram novo valor aos Vinhos Regionais, situados entre os vinhos básicos e os classificados, que apresentam uma ótima relação custo-benefício, tornando-se cada vez mais competitivos pela associação com a personalidade marcante dos vinhos de Portugal.
Alfrocheiro, Aragonez (Tinta Roriz), Baga, Castelão, Jaen (Mencía), Moreto, Moscatel Galego Roxo, Ramisco, Rufete, Tinta Barroca, Tinta Caiada, Tinta Negra, Tinto Cão, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Vinhão
Alvarinho, Antão Vaz, Arinto, Bical, Encruzado, Fernão Pires (Maria Gomes), Fonte Cal, Gouveio, Loureiro, Malvasia Fina, Moscatel de Setúbal, Rabigato, Síria, Trajadura, Verdelho, Viosinho
Os vinhos portugueses estão classificados em quatro níveis de qualidade:
Vinho de Mesa
Vinho que não se enquadra em nenhuma das classificações mencionadas a seguir podendo ser produzido em qualquer região do país . Não podem ter no rótulo nenhuma referência a uma região de produção ou a variedades de uvas.
Vinho Regional
Vinho de qualidade superior ao vinho de mesa, produzido com, no mínimo, 85% de uvas provenientes da uma região especificada. Hoje existem muitos vinhos regionais de qualidade igual ou superior aos vinhos DOC, havendo inclusive alguns bons produtores que, por não concordarem com as regras impostas pela comissões reguladoras dessa categoria, passam a rotular seus vinhos como Regionais.
Vinho de Denominação de Origem Controlada (D.O.C.)
Teoricamente é a categoria de mais alto nível de qualidade e identifica o vinho produzido em uma região oficialmente delimitada, com uvas dali provenientes e sujeito a regras mais restritas, como as variedades de uvas utilizadas, o volume de produção, o método de vinificação, o teor alcoólico, o tempo de envelhecimento, etc.
Equivale à AOC francesa, à DOC italiana e à DO espanhola.
Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada (V.Q.P.R.D.)
Para atender ao Mercado Comum Europeu foi criada a nomenclatura Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada (V.Q.P.R.D.) que se refere aos VR e aos DOC.
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